quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Mania


Tudo para mim é inevitável
Com a normalidade sempre em cisão,
E o incessante perguntar
             Cansou meu coração.

As coisas são e parecem, desaparecem
E o nada sustém
O segredo da vida que contém.

A presença de tudo sempre perguntando
Coisas de angústia iminente,
Em terrível hesitação experimentando
             A minha mente.

É falsa a verdade?
Já que tudo são sonhos e tudo a essa altura pouca importa
Perante o mistério enfraquece a vontade
Em luta dividida dentro do pensar, prazer?
E a Razão cede, qual inerme,
             No encontrar
Mais do que as coisas em si revelam ser,
Mas que elas, por si só, não deixam ver.

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