sexta-feira, 20 de agosto de 2010

"O Deus-Verme

Fator universal do transformismo,
Filho da teológica matéria,
Na superabundãncia ou na miséria,
Verme - é o seu nome obscuro de batismo.

Jamais emprega o acérrimo exorcismo
Em sua diária ocupação funérea,
E vive em contubérnio com a bactéria,
Livre das roupas do antropomorfismo.

Almoço a podridão dos drupos agras
Janta hidrópicos, rói vísceras magras
E dos defuntos novos incha a mão...

Ah! Para ele é que a carne podre fica,
E no inventário da matéria rica
Cabe aos seus filhos a maior porção!"

Eu, de Augusto dos Anjos
depende
do dia, do sol, da temperatura

depende?
Dna Margarida era só uma girafa, Avó Girafa
Avó de muitos netinhos
Daquelas avós que fazem mingau e contam histórias de dormir

Coelhos vermelhos que moram na torre...